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Wellbeing per Capita em Portugal

 

Wellbeing per CapitaUm pouco por todo o Mundo, os governos estão a arriscar ir além do Produto Interno Bruto (PIB) para medir o progresso dos seus países. A adopção de novas métricas, definidas a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e de indicadores nacionais de bem-estar, desloca o foco dos "meios" para os "fins", isto é, do crescimento económico para o bem-estar colectivo.

 

Assume-se, como ponto de partida, o facto do pensamento económico ter determinado não apenas o modo como medimos o progresso, mas também as estruturas governamentais, as dinâmicas sociais de poder e as narrativas culturais. O ponto de chegada é este: é fundamental desenvolver uma economia de bem-estar cujas políticas tenham no seu centro a comunidade e o futuro do Planeta.

 

É com este objectivo que a Engaging Happiness e o Global Media Group (DN, JN e TSF) estabeleceram uma parceria para lançar em 2022 um projecto de âmbito nacional tendo em vista:

 

  1. O desenvolvimento de uma visão e de um quadro de bem-estar que reflictam os valores, objectivos e contextos de Portugal
  2. A concepção de uma estratégia de Economia do Bem-Estar que identifique as áreas mais importantes da vida económica para o nosso bem-estar e, consequentemente, traçar um plano para as promover
  3. A avaliação e selecção das políticas de Economia do Bem-Estar, de acordo com o seu alinhamento aos valores e objectivos de bem-estar
  4. A implementação de políticas de Economia do Bem-Estar, capacitando as comunidades para assumirem a liderança nessa transformação
  5. A avaliação dos impactos políticos no bem-estar para a aprendizagem e adaptação de um novo modelo
  6. A adesão de Portugal à WEGO criada para os países se apoiarem mutuamente na construção de economias que dêem prioridade ao bem-estar dos seus povos e do planeta

 

Wellbeing per CapitaTemos consciência de que temos que mudar a forma como compreendemos e construímos a saúde e prosperidade da sociedade, olhando para além do crescimento económico para o bem-estar colectivo e a sustentabilidade ambiental.

 

Os governos e outras instituições em todo o mundo precisam de abraçar novas formas de pensar e envolver-se activamente na inovação generalizada dos sistemas, a fim de fazer progressos reais rumo a um mundo mais saudável e mais próspero.

 

No entanto, a maioria continua a enquadrar o seu trabalho nos modelos económicos tradicionais, sem reconhecer os danos que está a causar à sociedade e ao planeta. Este enquadramento manifesta-se frequentemente em medidas a jusante, tais como: o tratamento de doenças respiratórias exacerbadas pela poluição atmosférica, em vez de investir em transportes públicos; a reconstrução após inundações causadas pelas alterações climáticas, em vez de desinvestir em combustíveis fósseis e investir em energia limpa; ou concentrar-se em intervenções sanitárias relacionadas com uma dieta pobre, em vez de melhorar as cadeias de abastecimento agrícola e encorajar a procura de alimentos saudáveis por parte dos consumidores. Embora os esforços para mitigar os efeitos de problemas maiores sejam de importância vital, eles não atendem às suas causas e interligações de raiz.

 

Em vez disso, precisamos de um sistema económico que adopte uma abordagem preventiva aos desafios sociais e ambientais para assegurar que os tipos de problemas relacionados e de seguimento acima mencionados não ocorram em primeiro lugar ou sejam muito menos graves. É isso que vamos discutir a partir de 2022 em Portugal.